Como os bancos estão revolucionando a economia digital utilizando tecnologia de ponta.

A Maior Fintech do Brasil

O Nubank é apontado hoje como a maior fintech do Brasil. A Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), as caracteriza como empresas que usam tecnologia de forma intensiva para oferecer produtos na área de serviços financeiros de forma inovadora e com foco na experiência e necessidade do usuário.

Segundo David Vélez, fundador do Nubank, a digitalização visa não só praticidade, mas também a democratização do acesso a contas bancárias e cartão de crédito. A ideia veio graças a uma dificuldade pessoal encontrada quando o colombiano se mudou para o Brasil e teve uma péssima experiência ao abrir uma conta bancária. 

A Sacada da Digitalização

Como aponta a Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Brasil, há mais de um smartphone por habitante. Enquanto isso, 34 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a bancos no Brasil. Portanto, as fintechs possuem também a vantagem de não depender de geolocalização. Pessoas que possuem smartphone, mas não têm acesso a um banco, podem vir a ter a sua primeira conta diretamente em bancos digitais. Sem falar na segurança adicional que utilizar tecnologias digitais trazem, como é o exemplo de blockchain.

Foco dos Investimentos

Um estudo da FEBRABAM, revelou onde os bancos estão investindo no setor de tecnologia. Em primeiro lugar a ampliação está em cloud pública e big data, com 94%; seguido por Process Mining, com 78%; Internet das Coisas, com 75%; Blockchain, com 67%; e Computação Quântica, com 50%. Tais tecnologias possuem um papel fundamental para a segurança cibernética e contam com a inteligência artificial para que as soluções mantenham sua utilidade e performance máxima com o aprendizado contínuo. 

O setor financeiro brasileiro, segundo o diretor de Tecnologia do Banco do Brasil, Gustavo Fosse, é referência por ser um dos que mais utilizam tecnologia de ponta.

Open Finance

A mineração de dados é uma consequência da utilização dessas tecnologias. Os dados são coletados através das atividades do usuário e então analisadas para entregá-lo uma experiência personalizada. Esses dados alimentam diversos sistemas, como o Open Finance (sistema financeiro aberto). 

O Open Finance visa englobar diversos serviços financeiros na mesma plataforma, como seguros, câmbio, previdência e investimentos. Funciona como uma centralização de serviços que pode ser comparado a um shopping center financeiro. Dessa forma, o usuário pode usufruir de certos benefícios como converter pontos acumulados em serviços, mensalidades e anuidades mais baixas, entre outros - a depender das ofertas do banco de escolha. 

Banking as a Service (BaaS)

Ainda assim, os bancos foram adiante na inovação. Para expandir seu alcance, apostaram no Banking as a Service (BaaS), em português, banco como serviço. Utilizando interfaces de programação de aplicações, acharam uma forma de hospedar seus produtos na plataforma de terceiros. Isto cria uma maior oferta de serviços para os usuários e permite a conexão dos bancos com empresas de outros setores. Assim, quando uma empresa quer oferecer algum serviço financeiro em sua plataforma, ela pode se aliar a um banco parceiro. Dessa forma todos saem ganhando e forma-se uma cooperação mútua. 

Esta tecnologia facilita operações como pagamentos que utilizam impressão digital no telefone celular, a compra de assinaturas digitais sem a necessidade de adicionar métodos de pagamento ou fazer pedidos em um comércio eletrônico sem carregar informações do usuário para cada transação.

Estamos enfrentando uma mudança de paradigma financeiro. Nesse novo modelo, os varejistas cada vez mais oferecerão serviços bancários e os bancos se tornarão cada vez mais varejistas, por meio de estratégias de finanças incorporadas. Tendo a tecnologia como base, surge um ecossistema de modelos digitais, tendo a integração como destaque. 

E tudo isso está apenas no início. Ainda há muito espaço para crescer e desenvolver.