Você provavelmente já leu a sigla ESG por aí, mas você sabe o que ela significa? A pandemia trouxe à tona grandes reflexões. Inclusive, acerca de nossos impactos no mundo, tanto em relação a ecologia, quanto a outras pessoas/comunidade em que estamos inseridos. Com isso, houve um aumento do interesse e necessidade de aderir aos princípios de ESG por parte das corporações. O Varejo é um exemplo de setor que está sofrendo pressão para se adequar a essas demandas. Então agora vamos explorar a que esse termo se refere.

O que é

O ano era 2004, quando a ONU lançou um documento chamado Who Cares Wins. Quem se importa ganha, em tradução livre. Se tratava de um documento formulado em conjunto com o Banco Mundial, trazendo reflexões acerca de como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais. Dessa forma, nasce o conceito de ESG, com o intuito de gerar reflexão sobre e promover ações cada vez mais positivas acerca dos pilares discutidos. A necessidade é a de ter um olhar mais humano e minuncioso dentro das organizações, assumindo responsabilidade pelos impactos provocados.

Um novo entendimento surge: propósito e lucro são indissociáveis. A sigla ESG significa Environmental, Social and Governance, ou seja, Meio ambiente, Social e Governança traduzido para o português. É importante compreender que essa não é a evolução da sustentabilidade, e sim, a própria sustentabilidade corporativa. No Brasil, temos associações como a Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sutentável (Abraps) com o único intuito de promover o desenvolvimento sustentável para organizações e a sociedade como um todo.

Dados

Todo esse cenário traz uma nova mentalidade para as pessoas, o que faz com que o desenvolvimento sustentável seja mais do que uma simples tendência. É algo que veio para ficar e até mesmo moldar as empresas e profissionais do futuro. Dados da B3 indicam que os investimentos socioambientais e de governança corporativa estão ligados a uma melhor performance financeira. Existe até mesmo um indicador chamado ISE, que é o Índice de Sustentabilidade Empresarial da própria bolsa de valores. O desempenho histórico da ISE B3 está acima dos demais índices apresentados e induz as boas práticas empresariais.

“Segundo relatório da PwC, até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, o que representa US$ 8,9 trilhões, em relação a 15,1% no fim do ano passado. Além disso, 77% dos investidores institucionais pesquisados pela PwC disseram que planejam parar de comprar produtos não ESG nos próximos dois anos.”

O interesse de busca pelo termo ESG no Brasil praticamente triplicou nos últimos 12 meses até fevereiro de 2022. As buscas pelo tema cresceram 150% na comparação aos 12 meses anteriores, de acordo com levantamento do Google Trends feito a pedido do Valor. O Brasil foi o país latino-americano que mais pesquisou pela sigla ESG nos últimos 12 meses.

A geração Z, que bateu a marca de 40% dos consumidores globais em 2020, declara ter forte interesse em investimentos sustentáveis (entre 78% e 84% nos últimos anos). Na verdade, está entre os três temas de maior relevância para esse público, e esse engajamento só tende a crescer. Por isso, é importante enfatizar que, atualmente o lucro e a responsabilidade nas práticas relacionados a ESG andam juntas.

De acordo com o estudo do Pacto Global, diante das três vertentes do acrônimo, o que mais recebe atenção é o de sustentabilidade. Em contrapartida, onde as empresas mais investem é no âmbito social. Isso indica uma chance para gestores atualizarem o seu foco. É importante para as empresas que suas condutas sejam maleáveis, já que, atualmente, as mudanças comportamentais da sociedade estão mais aceleradas do que nunca.